quarta-feira, 16 de maio de 2018

MAE-UFPR inaugura Exposição “Rogai Por Nós” em Paranaguá

Exposição é composta de estandartes e imagens religiosas além de fotos das igrejas de Antonina


A exposição “Rogai Por Nós”, organizada pelo Museu de Arqueologia e Etnologia da UFPR (MAE-UFPR) será aberta ao público às 14h30 neste sábado, dia 19 de maio, como parte integrante da programação do Circuito CulturArte, que acontece em Paranaguá de 18 a 20 de maio, como atividade preparatória do Festival de Inverno da UFPR que acontece em Antonina.

A mostra, realizada pelo Museu em conjunto com o Grupo Folclórico Boi Barroso pelo projeto “Mutirão Mais Cultura na Universidade”, trará 21 estandartes, fotos e imagens religiosas das quais cada peça traz a história e memória de 19 capelas e igrejas católicas do município histórico de Antonina, litoral do Paraná.

A sua essência está relacionada ao entendimento de que “ [...] busca expressar o encontro dialógico de duas culturas, das quais estas não se fundem nem se confundem, e sim, cada uma mantém a sua unidade e a sua integridade aberta, mas elas se enriquecem mutuamente”.

Dessa forma, a exposição busca mostrar que as comunidades de cada capela antoninense são parte importante da configuração da cidade como espaço de memória. A primeira exposição das peças foi realizada em Antonina e foi organizada pela Família Pinto, responsável também pelas atividades do Bloco Folclórico e Carnavalesco Boi Barroso.

A realização dessa exposição foi possibilitada pelo “Projeto Mutirão Mais Cultura na UFPR”, vinculado ao Ministério da Cultura (MINC) e do Ministério da Educação (MEC). O Projeto Mutirão Mais Cultura na Universidade desenvolve ações na região do Litoral do Paraná em vários municípios em parceria com associações de moradores de comunidades tradicionais de pescadores, quilombolas, indígenas, carnavalescos e artesãos.

A exposição estará em cartaz até 19 de setembro de 2018 e terá entrada franca durante todo o período de exposição.

Serviço exposição: “Rogai Por Nós”
Onde: Museu de Arqueologia e Etnologia da UFPR - Rua XV de Novembro, 575, Paranaguá
Quando: De 19/05/2018 à 19/09/2018
Horário de funcionamento: das 8h às 20h de terça a domingo
Mais informações: http://fb.com/maeufpr | (41) 3721-1200 (Paranaguá) | (41) 3313 2045 (Curitiba) Entrada franca!

Foto: Douglas Fróis/MAE-UFPR 
A Equipe de Curadoria da exposição é formada por integrantes do grupo Folclórico Boi Barroso em conjunto com a Universidade Federal do Paraná pelo Projeto Mais Cultura. 

quinta-feira, 1 de março de 2018

Ainda há vagas para as Oficinas de Artes da Secultur


Estão abertas desde o último dia 16 de fevereiro as inscrições para as oficinas de Artes da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo. As aulas começam no dia 12 de março.

Ainda há vagas para as oficinas de Fotografia, Teatro, Pintura, Capoeira, Fandango, Produção de Projetos, Literatura e Produção Literária, Dança (Cigana, Dança Teatro e Street Dance), Artesanato com Arame e Vidro. As inscrições para essas oficinas devem ser feitas na Casa Cecy.

Também podem ser feitas inscrições para as oficinas de Música (Violão, Guitarra, Baixo, Teclado, Piano, Violino, Bateria, Canto, Musicalização Infantil), mas para essas há uma lista de espera e os interessados são chamados na medida que abrem novas vagas.

Todas as aulas são gratuitas e se estendem até o fim de junho. Os interessados devem levar documentos pessoais (RG, CPF), comprovante de endereço e uma foto 3x4 cm. Para os menores de idade, as inscrições devem ser feitas por um maior responsável.

segunda-feira, 8 de janeiro de 2018

Baile de Fandango com o Grupo Mandicuera


Neste sábado, 13 de janeiro, o Grupo Mandicuera anima o Baile de Fandango Caiçara na Casa do Fandango Mestre Eugênio, que fica no Bairro Sete de Setembro, Ilha dos Valadares, Paranaguá. O Baile começa às 22 horas e a entrada é grátis. Amanhece!

A festa contará com a participação do Grupo Mirim Mestre Eugênio, formado por crianças da comunidade local que fazem apresentação do “Batido”, dança do fandango em que os participantes marcam o ritmo com tamancas de madeira batidas no tablado do Baile.

A Casa do Fandango Mestre Eugênio é um espaço cultural criado pelo próprio mestre ainda em vida, há mais de 15 anos. Hoje é administrado pelos seus descendentes e recebe bailes e ensaios de Fandango. É um espaço alternativo que os fandangueiros viabilizaram enquanto a prometida Casa do Fandango que acolha todos os grupos não sai do papel.

O Baile de Sábado também busca preencher uma lacuna no calendário municipal, uma vez que os bailes públicos no Mercado do Café só voltam no Carnaval, e depois param novamente na quaresma.

Não dá para esperar tanto tempo.

Serviço: Baile de Fandango Caiçara
Animação: Grupo Mandicuera, participação do Grupo Mirim Mestre Eugênio.
Sábado, 13 de janeiro, 22 horas.
Local: Casa do Fandango Mestre Eugênio, Rua 28, Bairro Sete de Setembro, Ilha dos Valadares, Paranaguá.
Entrada grátis.

Colunas do JB Litoral

26 de dezembro:

08 de janeiro: 



segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

sexta-feira, 24 de novembro de 2017

Mandicuera leva Fandango Caiçara e Folia do Divino Paraná adentro

Serão nove apresentações em sete cidades


Foto de Daniel Castellano.
A Associação Mandicuera de Cultura Popular dá início neste sábado (25) a um grande giro pelo Estado do Paraná para divulgar o Fandango Caiçara e as Folias do Divino Espirito Santo. Serão cinco apresentações de Fandango nas cidades de Umuarama, Ponta Grossa, Guarapuava, Pato Branco e Curitiba. E mais três apresentações da Folia do Divino, em conjunto com a Folia de Guaratuba, nas cidades de Londrina, Ponta Grossa e Curitiba.

As apresentações pelo interior e capital foram viabilizadas pelo Prêmio Arte Paraná, da Secretaria de Cultura do Governo do Estado.

Nas apresentações de Fandango, Mestre Aorélio Domingues e o Grupo Mandiuera divulgarão o recém lançado CD “Amanhece – Fandango Caiçara”. Quem conhece o trabalho do Mestre Aorélio sabe que não se trata de “fazer folclore" ou de "resgatar" tradições antigas. Para eles, e para o público fiel desse gênero musical, o Fandango (ainda) não é atração de museu.

No CD Amanhece foram registradas modas tradicionais, de domínio público; mas também há modas atuais compostas por Aorélio em parcerias diversas; reforçando a vitalidade do ritmo. Há no disco também o registro de outras manifestações da Cultura Caiçara, como o Boi de Mamão e a Folia do Divino Espírito Santo.

Aorélio não recria nem reinventa o Fandango. Não há misturas mirabolantes com outros ritmos. Não é samba-rock ou manguebeat, é Fandango. Mas é novo.

Ouvindo o CD é possível perceber que "a novidade" pode ter mais de 500 anos e continuar relevante. O Fandango é um dos ritmos mais antigos do Brasil, não é por acaso que ele continua vivo.

Nas Folias do Divino Espírito Santo, as apresentações serão conjuntas da Folia de Paranaguá com a Folia de Guaratuba. Ambas têm tradição de mais de dois séculos e fazem anualmente a Romaria do Divino por todo o litoral do Paraná. Foram passadas oralmente de geração em geração até os dias atuais e possuem a musicalidade própria do povo Caiçara, preservando características medievais, que as diferem do restante do Brasil.


 As Folias do Litoral do Paraná são formadas por três vozes: Tenor, Mestre e Tipe. Os instrumentos tocados são a viola, a caixa e a rabeca. Na equipe da folia há também dois Alferes que carregam as bandeiras do Espírito Santo e da Trindade. Os versos das músicas são improvisados e cada música varia de 5 a 30 minutos, dependendo do improviso do Mestre.

A Folia de Guaratuba vem sendo organizada há mais de 250 anos pelas mesmas famílias. Acontece todos os anos iniciando depois da Páscoa até o mês de julho, quando acontece a Festa do Divino da cidade. A bandeira é levada pelos foliões de casa em casa onde cantam e tocam em louvor ao Divino. A bandeira percorre a comunidade caiçara da região de Guaratuba, Garuva (SC), Matinhos e Colônias de Paranaguá.

A Folia de Paranaguá também remonta há mais de 200 anos, e conta atualmente com a condução do Mestre Aorélio Domingues. Ele vem agregando diversos foliões através da Orquestra Rabecônica do Brasil e de ações da Associação Mandicuera de Cultura Popular dentro das comunidades. A folia de Paranaguá sai logo após a Páscoa da Ilha dos Valadares e percorre as baías de Paranaguá, Guaraqueçaba e Cananéia, além de Antonina e Curitiba.

A ideia de unir as bandeiras em apresentação conjunta surgiu no primeiro encontro na Festa do Fandango em Guaraqueçaba no ano de 2008. As bandeiras se encontraram novamente em 2013 na Festa do Divino da Ilha dos Valadares.

Expectativa

Para o Mestre Aorélio, a expectativa com essa viagem é ajudar o povo paranaense a conhecer uma parte importante da cultura de seu próprio Estado. "O Paraná é muito divido culturalmente. O Sul Gaúcho, o Centro e o Norte Caipira e o Litoral Caiçara; nosso Estado tem essas divisões bem marcadas da Cultura Brasileira, então é difícil que o Fandango seja o ritmo de todo o Estado do Paraná.”

“O Fandango já esteve presente e forte no Oeste, nos Campos Gerais, na Capital, mas com o passar do tempo, com a vinda de outros povos, restringiu-se ao Litoral. Então a expectativa é que os paranaenses possam conhecer uma faceta da cultura tradicional do nosso Estado; pois, por causa da diversidade cultural, nosso povo tem dificuldade de reconhecer sua própria cultura”, Concluiu.

Confira as datas e locais das apresentações: 

quinta-feira, 16 de novembro de 2017

Teatro de bonecos “Peixe Morto” estreia segunda-feira no FESTPAR

Espetáculo é resultado do Projeto Manipular que oferta oficinas de criação e manipulação de bonecos para teatro.


A Companhia de Teatro de Bonecos La Polilla estreia na segunda-feira, dia 20, a peça “Peixe Morto”. A apresentação será no Teatro Rachel Costa às 14:30 horas como parte da programação do 8º FESTPAR - Festival de Teatro de Paranaguá. Já nos dia 25 e 26, sábado e domingo, a peça será apresentada em Curitiba no Teatro de Bonecos Dr. Botica, no Shopping Estação, em três sessões: às 13, 15 e 17 horas.

A peça “Peixe Morto” é mais um fruto do Projeto Manipular que proporciona oficinas de criação e manipulação de bonecos para teatro em Paranaguá. Em atividade há 3 anos, o Projeto Manipular já rendeu bons frutos como a peça Gaiolas, escrita por Rogério Soares, baseada em um poema de Mario Quintana e encenada pelos instrutores e aprendizes do projeto. Além disso, o Manipular realiza performances com marionetes e bonecos de luva em feiras, escolas e espaços alternativos de Paranaguá.

O projeto é patrocinado pelo Programa Estadual de Fomento e Incentivo à Cultura (PROFICE) da Secretaria de Estado da Cultura do Governo do Estado do Paraná. Também conta com o apoio da Prefeitura Municipal do Paranaguá que contribui com o local e a estrutura para a realização das oficinas.

O texto do espetáculo Peixe Morto foi escrito e gravado por Rogério Soares. Ele foi inspirado na moda de Fandango “Dinheiro do Peixe Morto” do mestre fandangueiro Aorélio Domingues.

Tendo a cidade de Paranaguá como pano de fundo, a peça conta a história de Zairinho, um pescador caiçara que, ao sair para pescar, enfrenta uma tempestade e naufraga. Desacordado, ele vai parar numa praia, mas logo é capturado por um empresário inescrupuloso que quer vendê-lo como uma espécie rara de peixe.

A peça foi concebida especialmente para o Projeto Manipular. Os bonecos e adereços foram confeccionados pelos alunos do Projeto, com supervisão dos oficineiros Líli Sarraf e Ruddy Castillo. A narração é de Rogério Soares com a participação especial de Nayara Soares fazendo a voz da Sereia Gracirene.

Serviço: Teatro de Bonecos “Peixe Morto

quarta-feira, 1 de novembro de 2017

Exposi-AÇÃO abre dia 6 com obras dos alunos das oficinas da Secultur

Foto de Ari Wagner Coelho, da Oficina de Fotografia.

Será na próxima segunda-feira, dia 06 de novembro, a abertura da Exposi-AÇÃO, mostra da produção dos alunos das oficinas culturais da Secretaria de Cultura e Turismo de Paranaguá.

O evento terá início às 19 horas na Casa Monsenhor Celso. A mostra se estenderá durante todo o mês de novembro e contará com exposição de Pintura, Fotografia e Artesanato; e apresentações de Teatro, Música, Dança, Fandango, Capoeira e Grafite.

A Casa Monsenhor Celso vai abrigar as exposições de Pintura e Fotografia. A Pintura tem como oficineiro Dimanche Koslosk que já desenvolve essa oficina há anos e conta com dezenas de aprendizes. Ele desenvolveu uma técnica própria de pintura com relevo que é sua marca.

Já a Fotografia, com o oficineiro Ivanovick, está na primeira turma, mas já mostra bons resultados que poderão ser conferidos na exposição.

A atual fase das oficinas iniciou em julho deste ano. A extinção da Fundação Municipal de Cultura e a publicação de um Edital próprio pela Prefeitura para a contratação dos oficineiros criaram uma série de desafios, mas colocaram o trabalho dos artistas em um novo patamar.

Ainda existem dificuldades de estrutura e atrasos nos pagamentos dos oficineiros, mas os gestores do setor demonstram vontade de superar os desafios e criar condições para que a cultura e a arte tenham espaço e condições de proliferar em Paranaguá.

Vale a pena conferir!



Leia a seguir a matéria publicada pela Prefeitura de Paranaguá:

terça-feira, 26 de setembro de 2017

Espetáculo leva Cultura Caiçara serra acima

Com texto e direção de Mariana Zanette, Aorélio Domingues utiliza teatro de bonecos para contar a história do folclore e costumes do Litoral 

As “Lendas do Mar de Lá” vão ocupar o Centro Cultural Boqueirão a partir de sábado dia 30 de setembro. A peça, que tem autoria e direção de Mariana Zanette, nasceu como fruto de pesquisa conjunta com os membros do coletivo da Associação Mandicuera, sediada na Ilha dos Valadares, em Paranaguá.

O espetáculo conta histórias e lendas da cultura do litoral paranaense através de causos contados pelo violeiro, rabequista e mestre da cultura caiçara Aorélio Domingues, que também assina os cenários. No acompanhamento musical e manipulação dos bonecos está Ruddy Rojas.


A Associação Mandicuera trabalha com a revitalização da cultura caiçara, percorrendo seus sotaques, ritmos, danças e histórias. Segundo Mariana Zanette, “é importante falar da nossa aldeia, mostrar nossas raízes, fazer com que as pessoas tenham conhecimento da nossa identidade e história. Nossa comunidade tem lendas, sotaque, tem muita coisa que ainda não foi revelada. Particularmente, não usamos muito a palavra resgate e sim preservação e salvaguarda”.

O público poderá conferir as narrativas sobre a criação do barreado, do carnaval no litoral, da padroeira de Paranaguá, entre outras. Sobre o formato escolhido para a encenação, “é a segunda vez que coloco bonecos em um espetáculo meu para auxiliar a contação de causos. Os bonecos fazem parte da cultura popular. Usamos muito no boi de mamão. Quando a Angela Meschino (produtora do espetáculo) me propôs que eu fizesse algo sobre contação de causos, eu tive a ideia das ‘Lendas do Mar de Lá’, com o Aorélio, que é um ótimo contador de histórias da região, na condição de protagonista”, revela Mariana.

Voltada para o público infantil, a peça tem ainda direção musical de Ary Giordani, que também foi o produtor do álbum “Amanhece - Fandango Pancada", que Aorélio Domingues lançou em agosto deste ano. Mariana Zanette explica a idéia de levar o espetáculo a um bairro da periferia da capital: “vamos apresentar em Curitiba, pois é um espetáculo realizado com recursos do Mecenato Municipal, mas pretendemos levá-lo a todo litoral e a diversas cidades, ainda”.

A encenação é realizada através de bonecos tringle (tipo marionete de fios com uma vara no eixo central do boneco na cabeça), em cenário que remonta a um antigo teatro, casario antigo do período colonial e casario de pescadores. A equipe de criação conta com Líli Sarraff na criação de bonecos, TriAlmeida  nos figurinos, Fábia Regina na iluminação, Marcelino de Miranda na maquiagem, Angela Meschino e Caue Matias na produção. A realização do projeto é da Spot Cultura & Entretenimento. O Centro Cultural Boqueirão é parceiro do espetáculo, através da MRG Produções, que já conta 15 anos produzindo cultura para crianças.

sexta-feira, 1 de setembro de 2017

Mandicuera anima o baile de Fandango neste sábado no Mercado do Café

Foto de Daniel Castellano.

O Grupo Mandicuera retorna ao Mercado do Café no Centro Histórico de Paranaguá para animar o baile neste sábado com o seu “Fandango Pancada”. A festa tem entrada gratuita, começando as 10 da noite e seguindo até a fim da madrugada. Amanhece!

Para quem quiser levar o fandango pra casa, estará à venda o CD do Mestre Aorélio Domingues, “Amanhece – Fandango Pancada”, laçado recentemente e muito elogiado pelos apreciadores do ritmo caiçara.

Pra completar a festa, os restaurantes do Mercado do Café abrem as portas servindo cerveja gelada, cataia e a tradicional “Mãe ca Filha”, bebida típica do Fandando; além de porções de petiscos, frutos do mar e lanches.

O baile é público, promovido pela Secretaria de Cultura e Turismo do Município de Paranaguá. Não perca!

Serviço: Baile de Fandango com o Grupo Mandicuera.
Quando: Sábado, 02 de setembro, 22 horas
Local: Mercado Municipal do Café, Ladeira Vinte e Nove de Julho - Centro Histórico, Paranaguá.
Entrada grátis.

sexta-feira, 4 de agosto de 2017

Aorélio Domingues lança o CD “Amanhece – Fandango Pancada” e projeta o ritmo caiçara para o futuro



Quem conhece o trabalho do Mestre Aorélio Domingues e da Associação Mandicuera de Cultura Popular sabe que não se trata de “fazer folclore" ou de "resgatar" tradições antigas. Para eles, e para o público fiel desse gênero musical, o fandango (ainda) não é atração de museu.

Talvez seja por isso que o CD “Amanhece – Fandango Pancada” que Aorélio está lançando é tão surpreendente, mesmo para quem acompanha os grupos de Fandango e frequenta os bailes em Paranaguá e na região.



A vitalidade de modas com temáticas atuais, compostas por Aorélio e parceiros, atestam a importância do ritmo caiçara; sem causar estranheza ou discrepância ante as modas tradicionais, de domínio público.

No CD, Aorélio não recria nem reinventa o Fandango. Não há misturas mirabolantes com outros ritmos. Não é samba-rock ou manguebeat, é Fandango. Mas é novo.

Talvez isso seja difícil de entender, pois vivemos na era das novidades vazias. Tudo tem que ser novo o tempo todo, e tudo envelhece com uma velocidade estonteante, que nem temos tempo de acompanhar ou de usufruir.

Ouvindo “Amanhece – Fandango Pancada” é possível perceber que "a novidade" pode ter mais de 500 anos e continuar relevante. O Fandango é um dos ritmos mais antigos do Brasil, não é por acaso que ele continua vivo. Longa vida ao Fandango!

Só pra não perder a viagem, vale registrar que enquanto a prefeitura de Paranaguá promove shows com Luan Santana, Leonardo, Thaeme e Tiago, o CD Amanhece foi viabilizado com recursos da Lei de Incentivo à Cultura... de Curitiba!

O CD será lançado em Curitiba no próximo dia 12/08 e em Paranaguá no dia 19/08 na 8a Festa do Fandango. Reproduzo abaixo o release do lançamento. O texto é da produção do CD. As fotos são do Daniel Castellano.