segunda-feira, 24 de abril de 2017

Vagas abertas para aprendizes de Teatro de Bonecos em Paranaguá

Oficinas serão gratuitas com encontros às quartas, sextas e sábados à tarde. 




O Atelier Manipular abriu uma nova turma para aprendizes em teatro de bonecos. As aulas são gratuitas e serão ofertadas na Casa da Cultura Monsenhor Celso às quartas, sextas e sábados à tarde. Para participar, é preciso ter mais de 14 anos de idade. Será formada uma turma com até 20 aprendizes.

Este será o terceiro ano consecutivo de vigência do projeto Manipular, que já rendeu bons frutos como a peça Gaiolas, escrita por Rogério Soares, baseada em um poema de Mario Quintana e encenada pelos instrutores e aprendizes do projeto.

quarta-feira, 12 de abril de 2017

Atelier Manipular abre nova turma para oficina de Teatro de Bonecos em Paranaguá



O Atelier Manipular está abrindo uma nova turma para aprendizes em teatro de bonecos. As aulas são gratuitas e serão ofertadas na Casa da Cultura Brasílio Itiberê às quartas, sextas e sábados à tarde. Para participar, é preciso ter mais de 14 anos de idade. Neste reinício, será formada uma turma com até 20 aprendizes.

Este será o terceiro ano consecutivo de vigência do projeto Manipular, que já rendeu bons frutos como a peça Gaiolas, escrita por Rogério Soares, baseada em um poema de Mario Quintana e encenada pelos instrutores e aprendizes do projeto.



A peça Gaiolas participou do 20º Festival Espetacular de Teatro de Bonecos em Curitiba; do I Festival de Teatro de Bonecos de Curitiba; Festival de Teatro de Curitiba; IV Festival de Teatro de Pontal do Paraná (premiado como melhor espetáculo de bonecos); e do VII FESTPAR – Festival de Teatro de Paranaguá (premiado como o 3º melhor espetáculo e melhor figurino).

Além de peças para apresentação em palco, o grupo trabalha com marionetes, teatro de lambe-lambe (em pequenas caixas), bonecos de luva e também desenvolve performances e espetáculos individuais para apresentações de rua, em praças, feiras, etc.



O projeto Manipular é uma inciativa da Companhia de Teatro de Bonecos La Polilla, dos bonequeiros Lili Sarraff e Ruddy Castillo Rojas e também conta com a colaboração do ator e diretor de teatro Rogério Soares.

Nas oficinas, os participantes aprendem a construir e a manipular os bonecos teatrais, participando de todo processo criativo das cenas e da montagem das peças e performances definidas pelo grupo. Para este ano, os bonequeiros pretendem explorar a temática local, abordando a cultura caiçara. Mas a peça a ser montada e encenada será definido no coletivo de oficineiros e aprendizes.

Para Lili Sarraff, bonequeira e instrutora no projeto Manipular, muitas vezes o teatro de bonecos não recebe a importância e a atenção que merece. “As pessoas tendem e olhar para o teatro de bonecos como uma expressão menor, ou somente infantil do teatro, mas quem para e assiste a uma peça bem montada, bem encenada, percebe que não é assim. Uma peça de teatro de bonecos pode ter a mesma complexidade e riqueza do teatro só com atores, mas com outros recursos.” Afirmou.

Segundo ela, no teatro de bonecos a expressividade e os recursos cênicos são desenvolvidos desde a montagem dos bonecos. “O ator que manipula o boneco não é só um ator que interpreta, ele precisa entender como funciona a plasticidade da forma animada, as suas limitações. Então, temos que buscar desde a confecção do boneco a melhor forma de resolver barreiras cênicas. Por isso desenvolvemos diversas técnicas de construção e criação de bonecos”, completou Lili.

O primeiro encontro será no dia 19 de abril, quarta-feira, às 16 horas, na Casa Monsenhor Celso. As inscrições serão realizadas no local. Endereço: Rua Conselheiro Sinimbú, 23, Centro Histórico, Paranaguá.

Informações: 41 98448 3020 ou atelier.manipular@gmail.com 

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terça-feira, 11 de abril de 2017

Prefeitura de Paranaguá publica edital para contratação de oficineiros de artes, projetos culturais e patrimônio


A Prefeitura de Paranaguá, através da Secretaria Municipal de Cultura, Turismo e Esportes publicou o Edital de Chamamento Público N° 002/2017  para credenciamento de instrutores de oficinas temáticas de artes, projetos culturais e patrimônio.

O Edital prevê a contratação de instrutores para  oficinas de Literatura e Criação Literária; Artes Visuais; Cinema e Áudio Visual; Artesanato; Dança; Arte Urbana; Teatro; Contação de História; Música; Criação e Manipulação de Bonecos, Projetos e Produção Cultural; Cultura Popular e Educação Patrimonial.

As inscrições iniciaram nesta segunda-feira, 10 de abril, e seguem até o dia 09 de maio. Para participar, os interessados deverão estar estabelecidos como Microempreendedores Individuais ou Microempresas (Simples). A remuneração será de R$ 26,00 por hora/aula. Ao todo, o Edital prevê a contratação de 44 oficineiros, quase a metade (20) para oficinas de música.

A publicação deste edital pode ser considerada um avanço, na medida que estabelece critérios claros para escolha dos instrutores, o que não acontecia nos anos anteriores. O problema é que as aulas nas "casas" de cultura da prefeitura já deveriam ter iniciado em março. Agora, com o Edital, o mais cedo que essas aulas terão início é em maio.

Além disso, o custo da manutenção de um microempreendedor individual, por exemplo, não condiz com o valor proposto para as aulas. Para manter um MEI, gasta-se mais cerca de R$ 120,00 reais por mês entre impostos, previdência e taxas de uma conta bancária de pessoa jurídica. Isso sem falar no contador, na papelada, na paciência… Enfim, não é fácil.

E o Edital não prevê nenhum tempo remunerado para preparação de aulas, pesquisa, elaboração de avaliações, organização de material didático, enfim… Mas é o primeiro edital nesse formato publicado pela prefeitura que está no início da gestão.

Vamos acompanhar.

O edital pode ser acessado aqui.

segunda-feira, 10 de abril de 2017

Prefeito recebe artistas, pede prazo, mas não se compromete com principal reivindicação



O Prefeito de Paranaguá, Marcelo Roque (PV), recebeu na manhã desta segunda-feira (10), em seu gabinete, representantes do Coletivo Independente de Cultura e Arte, atendendo a uma solicitação do Coletivo. Antes da reunião começar, os visitantes tomaram um longo chá de cadeira de quase duas horas.

O fato que motivou a formação do Coletivo foi a extinção da Fundação Municipal de Cultura e a fusão desta com a área do Turismo no processo de transição no final de 2016, e mais recentemente a anexação de ambas as áreas à Secretaria de Esportes. Essas fusões resultaram em um forte descontentamento nos artistas e simpatizantes do setor que viram na medida o desmonte da estrutura municipal de atenção à cultura.

O Prefeito abriu a reunião justificando uma série de medidas tomadas no início de sua gestão, entre elas a fusão de várias secretarias. Segundo ele, a prefeitura enfrenta dificuldades financeiras com a folha de pagamento ultrapassando o limite legal da Lei de Responsabilidade Fiscal o que causa problemas administrativos e legais para a gestão.

Em seguida, os integrantes do coletivo da Cultura apresentaram as reivindicações do setor, sendo que a principal delas é o retorno de um órgão exclusivo para cuidar das políticas culturais da cidade.  A Carta Aberta redigida pelo coletivo foi entregue ao governante municipal, que se comprometeu a analisar as reivindicações do Coletivo e responder formalmente.

Mesmo afirmando que dará destaque e atenção à área da Cultura em sua gestão, Marcelo Roque deixou claro que não pretende criar uma secretaria exclusiva para a Cultura. Ele se comprometeu somente em separar o esporte nos próximos meses, voltando com a secretaria de Cultura e Turismo.

Os integrantes do Coletivo argumentaram de diversas formas sobre como a união de pastas distintas como o Turismo e a Cultura é prejudicial para ambas as áreas, citando inclusive exemplos de gestões anteriores, como a do prefeito Mario Roque, pai do atual governante. Mas Marcelo continuou sustentando que uma secretaria é suficiente para a Cultura e o Turismo juntos.

Já outras reivindicações receberam sinalização positiva, como a ida do patrimônio histórico e do carnaval para o âmbito da Cultura. O Plano Municipal de Cultura e o Fundo de Cultura também deverão voltar a tramitar para que sejam aprovados na Câmara e sancionados. Mesmo sem alcançar o objetivo central, um canal de diálogo foi estabelecido e deve ser mantido para o bem do setor.

Agora, o Coletivo irá se reunir para analisar os resultados iniciais da audiência e planejar novas ações.

segunda-feira, 3 de abril de 2017

Coletivo de artistas publica carta aberta e pede audiência com prefeito para reverter o desmonte da Cultura em Paranaguá

O Coletivo se reuniu no dia 24 de março na Casa Buena Vista


Um coletivo de artistas, intelectuais, agentes culturais e simpatizantes do setor se formou em Paranaguá para tentar reverter o desmonte da área da Cultura na administração municipal. O grupo que conta com cerca de 80 participantes protocolou um pedido de audiência com o prefeito Marcelo Roque (PV) para reivindicar, entre outras medidas, o retorno da Fundação Municipal de Cultura ou a criação de uma secretaria específica para o setor.

O coletivo redigiu uma carta aberta (veja abaixo) que será apresentada ao governante municipal. Além do retorno de um órgão municipal exclusivo para a Cultura, o grupo pede a aprovação do Plano Municipal de Cultura e a criação do Fundo Municipal para o custeio de projetos culturais pela lei de incentivo.

A antiga Fundação Municipal de Cultura (FUMCUL) foi extinta e anexada à área de Turismo durante o processo de transição da gestão municipal em dezembro de 2016. Há duas semanas, o prefeito fez uma nova fusão, anexando a cultura e o turismo à secretaria de esportes.

Para os integrantes do coletivo, essa decisão é prejudicial para todas as áreas. Segundo Aorélio Domingues, Mestre Fandangueiro do Grupo Mandicuera, a união da cultura, turismo e esportes numa só secretaria é ruim para todos. “O desmonte da área da Cultura põe em risco todo um acúmulo elaborado no plano municipal de Cultura e na adesão ao Sistema Nacional de Cultura”, afirmou.

“Paranaguá possui duas manifestações culturais que são patrimônios imateriais registrados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), o Fandango Caiçara e a Língua Guarani. Possui diversas outras manifestações que vão desde as artes à culinária, passando pelo carnaval e pela arquitetura colonial. Tudo isso vai ficar abandonado e muita coisa deve se perder sem uma Secretaria ou Fundação que desenvolva políticas culturais para a cidade.”

“E os vereadores, que são pagos para fiscalizar o prefeito, deram 'carta branca' se anulando totalmente e abrindo mão de sua função legal. Não foi para isso que eles foram eleitos. A iniciativa do prefeito de economizar recursos públicos é louvável, mas essa economia deverá trazer graves prejuízos para a cidade, não só na área da Cultura, mas também no turismo e nos esportes.” Afirmou Aorélio.

Agora o Coletivo aguarda a confirmação da audiência para que se abra um canal de diálogo do setor com a administração pública e que as reivindicações sejam atendidas.

Leia a seguir a carta elaborada pelo Coletivo: