quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Ilha do Mel – Paranaguá

A Ilha do Mel é um clássico, talvez o maior do litoral do Paraná. Por isso me parece quase desnecessário escrever sobre esse paraíso. Basta uma busca básica na rede que brotam mapas, guias e informações. Mas a proposta do blog é contar minha experiência, então vamos lá...

Estivemos na Ilha por três dias durante a semana. Apesar de ser verão alto ainda, a ilha estava com poucos visitantes, e muitos desses eram estrangeiros. O plano era tirar muitas fotos de todos os locais interessantes por lá; o que pra começar já seria bem difícil, pois a ilha não é pequena e tem muito lugar legal pra ir, desde as praias, a gruta, os faróis, fortaleza, trilhas, restaurantes, bares, etc. Pra completar, machuquei o joelho no primeiro dia... Tivemos que desistir de quase tudo. Mas a viagem não foi em vão.


Pra começar, saímos de Paranaguá de barco pela baía. A passagem custa R$ 34,00 por pessoa, incluída a ida e a volta. A viagem demora uma hora e meia até a Vila de Nova Brasília e mais meia hora para a Praia de Encantadas, que era nosso destino. Os barcos (foto acima) são simples e barulhentos, mas nada que estrague o passeio e a vista. Ir por Pontal do Sul tem a vantagem de ser bem mais rápido, mas daí o acesso inicial é Encantadas.

A praia de Encantadas vista do barco no ancoradouro.
A praia de Encantadas é linda e muito bem estruturada. Uma cerveja de 600 ml da marca líder custa R$ 9,00, o que não é muito diferente das baladas de Paranaguá ou Curitiba. Os restaurantes têm opções razoáveis de refeições a partir de R$ 15,00 o prato feito com arroz, feijão, fritas, salada e peixe.

Há dezenas de pousadas, com vários preços e níveis de conforto. Dessa vez ficamos em um chalé na Pousada Pelicano, também chamada Pousada da Nina. O preço é muito bom, pagamos apenas R$ 50,00 a diária por pessoa. A pousada não oferece refeições, mas os chalés têm cozinha, tudo muito simples, mas bem funcional. Os chalés ficam há uns 200 mts da praia, num lugarzinho bem junto da natureza. Fui muito bom descansar ao som das cigarras e passarinhos. Para ficar de frente pro mar, em pousada com piscina, tv, ar condicionado, etc. paga-se mais de R$ 100,00 por pessoa. 

O chalé em que ficamos.
Infelizmente, há pontos impróprios para banho na praia de Encantadas que fica virada para dentro da Baía. Quem quiser um bom banho de mar, sem o risco de nadar no esgoto, precisa pegar uma trilha e buscar o mar de fora ou outra praia.

O ancoradouro de Nova Brasilia
No dia de voltar pegamos um barco pela manhã e fomos pra Nova Brasília, lugar que ainda não conhecíamos e passamos a gostar muito. Lá tudo é mais amplo e espaçado e por isso mesmo não chegamos a conhecer bem, pois tava bem difícil de andar. Uma das coisas mais legais daquela parte da ilha é que o mar de fora e o de dentro ficam muito próximos, separados apenas por dunas que formam um istmo. 

Mas eu precisava dar um mergulho no mar, então atravessamos a vila para sair no mar de fora, na Praia do Farol. Lá a vista é maravilhosa, e apesar de ser "mar aberto", a enseada acalma as ondas. Ao entrar na água fui surpreendido par um cardume de peixes com cerca de 20 cm cada. 



Comparando Encantadas e Nova Brasília, achamos a segunda mais jovem, mais regueira, e também com mais opções de passeio e de banhos de mar. Por seu lado, a primeira tem mais conforto e é tudo mais próximo. As duas são lindas e merecem ser visitadas.

A fortaleza e o farol ficam pra próxima estadia, mas não demorar muito, não.

Mais informações:

domingo, 23 de fevereiro de 2014

Banho de mar à fantasia – Paranaguá

Hoje fomos acompanhar e conhecer a banho de mar à fantasia, tradicional festa popular que está na 65ª edição, e que precede o carnaval parnanguara. Dezenas de blocos mais ou menos organizados arrastam milhares de foliões pelo centro histórico da cidade.

Vários caminhões e carros de som propagavam diversos ritmos. Samba, marchinhas tradicionais, axé, sertanejo e até música eletrônica. Cada um com sua tribo, seus seguidores.

Não tive pernas pra ir até o fim, fiquei só três horas. Não cheguei a conferir se o tal “banho” acontece mesmo. Acho que o Itiberê deve ser impróprio... Mas com bastante cerveja na cabeça, as coisas ficam mais fáceis.






Mais fotos no álbum do Facebook: Publicação by Xis Foto Lambe-Lambe Digital.

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

As Parnanguaras - Sucesso de público com muitas gargalhadas!

A peça "As Parnanguaras" esteve em cartaz no final de semana de 15 e 16 de fevereiro no Cine Teatro Municipal Rachel Costa. Fomos à sessão de domingo, às 20h e nos surpreendemos com o que vimos.


Pra começar, o teatro é um encanto. Um belo e imponente casarão na Rua XV de Novembro,  bastante amplo e confortável. A plateia estava completamente lotada, inclusive com gente de pé no fundo ou sentada nos degraus dos corredores. Tentei contar as cadeiras da parte de baixo e cheguei ao número aproximado de quinhentas pessoas. O balcão acima também estava lotado, calculo que pelo menos seiscentas pessoas assistiram ao espetáculo.

A peça é uma comédia rasgada que trata dos costumes e explora os estereótipos das mulheres de Paranaguá. Entre as parnanguaras estavam a gordinha sonhadora, a virgem safada, a beata desbocada, o noiva abandona, a travesti prostituta e até a bichinha afetada; cada uma com seus trejeitos e seu bordão que logo conquistaram o carinho e arrancaram muitas gargalhadas do público.


O roteirista e diretor, Ari Rodrigues, acertou em cheio nas referências culturais populares. Lá estavam o funk da Anita, o “sertanejo dor de cotovelo”, as novelas da rede globo, o carnaval, etc.; mas também os bairros, avenidas e praças de Paranaguá. Isso tudo sem falar num grande número de piadas de referência local que perdi, pois só estamos morando aqui há dois meses!



A peça em si, me pareceu longa, perdendo um pouco o ritmo por vezes. A atriz Kelen Liz, rouba a cena a maior parte do tempo com sua beata desbocada. O uso de microfones por alguns atores deixou as interpretações desiguais, mas nada que comprometesse o brilho do espetáculo que contou com figurinos e maquiagem excelentes.


Bom, para quem está chegando agora como eu, à impressão que fica é de uma cidade muito viva, com uma cultura local vibrante, que não nega a grande indústria cultural nacional, mas não está anestesiada por ela. 



A qualidade das fotos não é a ideal pois eu estava no meio da platéia, a quatro filas do fundo. Mas fica o registro!

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Surpresa com flores e sabores em Paranaguá

Bom, hoje depois de um longo e tenebroso inferno de 40 dias à 40 graus finalmente choveu e a temperatura desceu para um nível aceitável. Essa condição trouxe um ânimo novo, uma vontade de fazer coisas, já que está quase possível se mexer sem derreter.

Mas o ânimo inicial foi de dormir com o barulhinho da chuva. Então eu dormi.

Acordei já noite com a Ju me chamando, pois tinha um casal, vizinho, batendo palma, procurando por mim. Eles tocam um restaurante aqui na esquina chamado Cantina da Lu. A Lu é Lurdes, e o marido dela eu não sei o nome, nem ele o meu.

Ele me viu um dia cuidando de um pé de hibisco amarelo que plantei na frente de casa. Dias depois me parou na rua e perguntou se eu gostava de plantas e se aceitava umas mudinhas das que ele cultiva. Eu falei que sim, claro.

Pois não é que nessa noite chuvosa, o simpático casal veio bater na minha porta com uma porção de plantinhas... Falar o quê? Olha só:


Tem cebolinha, hortelã, onze horas, planta da felicidade, abacaxi ornamental... tem essa flor maiorzinha que é lágrima de alguma coisa...

Não sei mais o que escrever...

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Noite em Paranaguá

Um passeio pelo centro histórico, mais precisamente pela Rua da Praia, na tentativa de amenizar o calor. Não deu. Alguns passos e a gente fica todo suado. Mas rendeu umas fotos:

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Recanto Rio do Nunes – Antonina

Uma das propostas deste blog é divulgar imagens e escrever sobre lugares legais do litoral do Paraná; e o Rio do Nunes é um lugar muito bonito e bastante popular. O recanto fica em Antonina, na rodovia PR 340 (vide mapa abaixo) no caminho para Guaraqueçaba.

 
Exibir mapa ampliado

A rodovia cruza o rio em uma ponte de concreto, e é perto da rodovia que está a parte mais frequentada do recanto, com diversas churrasqueiras e quatro bares/lanchonetes com serviço simples, mas honesto. 

Vista do Rio a partir da ponte da PR 340
O rio com tempo bom é bastante calmo e seguro, sem correntezas ou poços que ofereçam risco de afogamento. A água é muito clara, e é possível enxergar bem o fundo de pedras. Há muitas árvores nas margens garantindo bastante sombra. A água é normalmente gelada, um alívio no forte calor do verão local. 



Nas margens do rio há dezenas de mesas e bancos de pedra, junto com churrasqueiras. Há bastante lugar para estacionamento de carros e motos. Mas nos finais de semana, o espaço é muito concorrido e fica lotado logo cedo.


O lugar é razoavelmente limpo e calmo. Os proprietários dos bares se encarregam de chamar a atenção em quem insiste em exagerar no som do carro, o que é muito legal. 

Super recomendo! Mas tente ir durante a semana.

Cerca de 4 km pra frente, na mesma rodovia, há o Recanto Catatu, mas esse é assunto para uma próxima postagem!

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

DESAPEGO: Gato escaldado tem medo de quê mesmo?

A mudança foi recheada de problemas, como gostaríamos que os pastéis ou que os rocamboles fossem...

Dias entre caixas e mais caixas de papelão que nunca davam conta de tudo. A vontade, como já manifestei, era de colocar fogo naquela tranqueirada. Isso depois de um absurdo exercício de desapego. Nunca joguei tanta coisa fora. Meu pai me deserdaria se visse.

Mas esse post é pra falar dos gatos. Temos dois. Macho e fêmea. Ambos castrados. Ambos nascidos em 2004.

A mudança foi muito difícil pra eles... e pra nós por causa deles. Ambos vieram chorando a viagem inteira, mas o Salen nos presenteou e veio CAGANDO de Curitiba até aqui.

Afff.

A vida continua difícil pra eles, saca só:


Olha que vida dura do Salen...


A Sara fica séria, mas ela só quer que eu esfregue a barriga dela.

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Novos adereços na paisagem

Uma das coisas que ouvimos muito quando chegamos aqui é: "Ah, pode ficar tranquilo, aqui é sussegado",  não tem "nóia", "pode dormir com as portas abertas, que ninguém entra".

"Acreditamos" e ficamos com o prejuízo financeiro, com a insegurança, e com a tristeza de perder muitos arquivos pessoais que estavam nos dois notebooks meus que foram levados. O prejuízo financeiro foi de uns 5 mil... O resto não tem como calcular.

Hoje foi instalada essa espiral chamada de concertina pra embelezar os muros, que já não eram baixos. Além dela, a gente já vê o sol nascer quadrado há uma semana, e vamos ter muitas trancas nas portas da frente e dos fundos.



Bandido bom é bandido ...

Nunca fui do tipo que acha que "bandido bom é bandido morto"; nem preso... Nunca pensei que "bandidagem" do tipo que pula um muro e entra numa casa pra furtar seja caso de polícia e pronto. Não acho que segurança pública dependa só da polícia. Mas fui à polícia e fiz boletim de ocorrência, pois esse é o mundo em que vivemos.

Numa realidade de consumismo e desigualdades gritantes, ninguém esta seguro. Nem eu estou imune ao consumismo de brinquedos como câmeras, lentes, computadores, som, tv, celular...

Mesmo acreditando que exista, não vou indicar a solução pra esses problemas... Mas podemos pensar que esses problemas não são de segurança em sí. A insegurança é só um dos resultados.


Posso viver com grades nas janelas, trancas nas portas e ferpas cortantes nos muros. Mas seria bem melhor se não precisasse de nada disso.

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

É um blog de fotos, então eu precisava de uma câmera

A coisa mais chata que aconteceu desde que chegamos a Paranaguá foi a invasão e o furto em nossa casa. Eu me dei muito mal. Levaram meus dois computadores e minha câmera Canon T3i com três lentes, fora bolsa e acessórios.

Hoje fui a Curitiba e comprei uma Canon T5i, com uma lente 18 - 135 mm. Sei que talvez fosse melhor pegar uma 60D logo, que é mais câmera, e tals... Mas preferi a T5i pois é mais discreta e mais recente. Se fosse pegar uma grandona, me enfiava na 70D logo... Mesmo com mil reais de diferença.

Cheguei no fim da tarde e corri pro Itiberê.


Essa vista é do meio da passarela para a Ilha de Valadares, e é uma das mais legais e fáceis de curtir... Só tem que cuidar pra não atrapalhar o povo que passa com pressa.


Esse mercado fica do lado da passarela perto do rio e os boxes vendem artesanato, frutas, especiarias, bebidas... além dos boxes, o mercado abriga cafés e restaurantes.


E da praça de alimentação que fica mais no fim da rua da praia a gente vê o intenso e estressante tráfego de barcos e canoas. Ô dó...




Mas minha melhor visão estava na mesa comigo, dividindo um filezinho de pescada.

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Inaugurando o blog

Olá gente.

Esse blog nasceu da vontade de registrar o cotidiano da nossa vida em Paranaguá. 

Mudamos para cá uma semana antes do natal de 2013. Eu, minha companheira e um casal de gatos. Morávamos em Curitiba desde a metade dos anos 90. O motivo da mudança foi profissional, mas também foi por opção, por vontade de sair de Curitiba e morar perto do mar.

Nossa relação com a cidade começou em 2006, quase no final do ano; um carro alugado acabou ficando comigo, para que eu devolvesse. Como tinha alguns dias, enchemos o tanque e descemos a 277. Ficamos num daqueles hotéis na beira do Rio Itiberê.

O centro histórico e o movimento dos barcos nos encantaram imediatamente, além da simpatia do povo e os frutos do mar em generosas porções nos bares da rua da praia.

Bom, afinal estamos aqui. Morando numa pequena casa perto da PR 407, estrategicamente posicionados para rotas de fuga rumo ao mar, ou a capital.  Já invadiram a casa e me roubaram equipamento fotográfico e computadores... Além disso, o serviço de internet demorou bastante para funcionar, por isso o blog atrasou.

O nome “Balanço da Canoa” veio do Flávio Jacobsen (sempre ele) a batizador geral da nação! Ele deve figurar como colaborador do blog, pois além de um excelente texto, ele é um entusiasta do pequeno mas precioso litoral paranaense.

Nas próximas postagens, espero ter fotos novas pra publicar...

Até lá!