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segunda-feira, 10 de abril de 2017

Prefeito recebe artistas, pede prazo, mas não se compromete com principal reivindicação



O Prefeito de Paranaguá, Marcelo Roque (PV), recebeu na manhã desta segunda-feira (10), em seu gabinete, representantes do Coletivo Independente de Cultura e Arte, atendendo a uma solicitação do Coletivo. Antes da reunião começar, os visitantes tomaram um longo chá de cadeira de quase duas horas.

O fato que motivou a formação do Coletivo foi a extinção da Fundação Municipal de Cultura e a fusão desta com a área do Turismo no processo de transição no final de 2016, e mais recentemente a anexação de ambas as áreas à Secretaria de Esportes. Essas fusões resultaram em um forte descontentamento nos artistas e simpatizantes do setor que viram na medida o desmonte da estrutura municipal de atenção à cultura.

O Prefeito abriu a reunião justificando uma série de medidas tomadas no início de sua gestão, entre elas a fusão de várias secretarias. Segundo ele, a prefeitura enfrenta dificuldades financeiras com a folha de pagamento ultrapassando o limite legal da Lei de Responsabilidade Fiscal o que causa problemas administrativos e legais para a gestão.

Em seguida, os integrantes do coletivo da Cultura apresentaram as reivindicações do setor, sendo que a principal delas é o retorno de um órgão exclusivo para cuidar das políticas culturais da cidade.  A Carta Aberta redigida pelo coletivo foi entregue ao governante municipal, que se comprometeu a analisar as reivindicações do Coletivo e responder formalmente.

Mesmo afirmando que dará destaque e atenção à área da Cultura em sua gestão, Marcelo Roque deixou claro que não pretende criar uma secretaria exclusiva para a Cultura. Ele se comprometeu somente em separar o esporte nos próximos meses, voltando com a secretaria de Cultura e Turismo.

Os integrantes do Coletivo argumentaram de diversas formas sobre como a união de pastas distintas como o Turismo e a Cultura é prejudicial para ambas as áreas, citando inclusive exemplos de gestões anteriores, como a do prefeito Mario Roque, pai do atual governante. Mas Marcelo continuou sustentando que uma secretaria é suficiente para a Cultura e o Turismo juntos.

Já outras reivindicações receberam sinalização positiva, como a ida do patrimônio histórico e do carnaval para o âmbito da Cultura. O Plano Municipal de Cultura e o Fundo de Cultura também deverão voltar a tramitar para que sejam aprovados na Câmara e sancionados. Mesmo sem alcançar o objetivo central, um canal de diálogo foi estabelecido e deve ser mantido para o bem do setor.

Agora, o Coletivo irá se reunir para analisar os resultados iniciais da audiência e planejar novas ações.