quarta-feira, 30 de julho de 2014

As estradas do Litoral e seus problemas



Quem frequenta o Litoral do Paraná sabe bem que as estradas são um dos principais problemas da região. A falta de infraestrutura adequada de transporte faz com que o acesso às praias seja desconfortável e caro.

Começando pela BR 277, principal rodovia entre Curitiba e o Litoral. A estrada é uma beleza, mas o pedágio é um assalto: R$ 15,40 por um trecho de 90 km. Trechos maiores, como o acesso à Santa Catarina pela BR 376 custam menos de 10% disso. Herança maldita do desgoverno de Jaime Lerner, cujos sucessores não conseguiram aliviar.

Além disso, pela BR 277 chega-se a Morretes (quase) e a Paranaguá, mas não às praias. Se você for a Matinhos (inclua-se Caiobá), sua vida vai ser quase tranquila. A rodovia PR 508, a chamada Alexandra – Matinhos é dupla, apesar de não ter acostamento. Os engarrafamentos são limitados à volta nos domingos e aos fins de feriados mais concorridos da temporada. Mas se você vai à Pontal do Paraná (Praia de Leste, Canoas, Santa Terezinha, Ipenama, Shangrilá, Atami, Pontal do Sul, etc.) ou à Ilha do Mel, prepare-se.

Indo pela PR 277, quase chegando a Paranaguá, fica o início da PR 407, uma rodovia em bom estado, mas simples. Incapaz de suportar a demanda que se apresenta. Ela tem 19 km e liga a BR 277 e Paranaguá às praias e à PR 412. A PR 412, por sua vez, é a rodovia que costeia todo o Litoral urbanizado do Estado, de Pontal do Paraná à divisa com Santa Catarina em Guaratuba. Esta, assim como a PR 407, também não suporta a demanda de tráfego durante a temporada, com o agravante que atravessa trechos altamente povoados e é cheia de lombadas.

A PR 412 ainda tem mais um problema, se é que se deve chamar assim a belíssima baía de Guaratuba. Para atravessar de Matinhos para Guaratuba é necessário usar o serviço de balsas, também chamado de ferryboat. A travessia custa pouco mais de cinco reais e é outro ponto de estrangulamento além da própria estrada.

Vindo da Capital ou do interior do Estado, existem ainda dois acesso possíveis, que são a Estrada da Graciosa e a BR 376 por Garuva SC. A Estrada da Graciosa tem característica turística histórica, pois é a primeira estrada construída entre o planalto e o litoral. Ela é estreita e boa parte ainda conserva o calçamento original. É um belo passeio e uma rota de fuga pra quem se recusa a pagar o pedágio da BR 277. Mas é lenta e pouco funcional.

O acesso pela BR 376, que vira BR 101 em Santa Catarina é uma boa opção para quem vai a Guaratuba, mas a partir de Garuva a pista é simples e os engarrafamentos também são constantes. 

Reivindicações

Quando se trata de estrada, as reivindicações costumam ser históricas, pois muito se promete, mas os resultados costumam demorar décadas.

Em primeiro lugar é mais que urgente a duplicação da PR 407. Os veranistas e moradores de Pontal e Matinhos não suportam mais os engarrafamentos. Até Paranaguá costuma ser prejudicada. São só 19 km, cinco dos quais no perímetro urbano de Paranaguá. Aqui se percebe que as falcatruas do pedágio não se limitam ao preço. Essa rodovia que está sob concessão da Ecovia deveria ter sido duplicada antes de 2011. Estamos em 2014.

A PR 412 que margeia as praias também precisa de duplicação com urgência. Em Pontal do Paraná há um projeto de construção de uma nova rodovia e a PR 412 seria urbanizada (já é) e transformada em avenida para atender o fluxo local. Há um movimento chamado “Eu Amo Pontal – Estrada Já” que luta para que esse novo acesso a Pontal saia do papel. O projeto é do Governo do Estado.

Há também um movimento pela construção de uma ponte ligando Matinhos a Guaratuba, substituindo as atuais balsas (ferryboat). Aliás, essa é outra reivindicação de décadas. As estradas de acesso a Morretes, Antonina e Guaraqueçaba (esta última ainda é de terra) também precisam de cuidados. Vários trechos não tem acostamento, mas a situação nem se compara com a das estradas praieiras.

Penso que esse momento de campanha eleitoral é propício para que se estabeleçam novos compromissos para essas velhas reivindicações. Mas, acima de tudo, os moradores precisam assumir cada vez mais o protagonismo nessas batalhas. Promessas nunca faltaram. Se não as cumprem é por que não se sentem cobrados.

terça-feira, 29 de julho de 2014

366 vezes Paranaguá

Para comemorar esse meu primeiro 29 de julho morando aqui, vamos no ritmo da canção que deu nome ao Blog Balanço da Canoa:



Música de Alecir Carrigo.

quarta-feira, 16 de julho de 2014

Parisnaguá é uma festa!

A tainha acabou, mas a festa não. Estamos vivendo dias (e noites) empolgantes por conta do XI Festival de Arte e Cultura do Litoral, junto com II Fórum Municipal de Cultura que acontecem durante toda esta semana.

Na noite de terça-feira (16) visitamos por acidente a tradicional Canja das 6, que costuma ser às quartas, mas está itinerante nesta semana. Mas nosso destino era a Feira da Lua, essa sim que acontece toda terça-feira, e já se tornou um clássico da cidade.

Voltando à Canja (que merece uma postagem especial) é a reunião de professores e estudantes da Casa de Cultura Basílio Itiberê, em frente à casa, no belo largo da Matriz. O jazz rola leve, suave, envolvente.

E fomos à Feira da Lua na Praça dos Leões. Dezenas de barracas com artesanato, comidas e bebidas. Petiscos caiçaras, japas, baianos; cervejas artesanais, cataia, enfim... muita coisa legal. Tem um coreto que foi palco para o chorinho. Muita gente na rua, famílias inteiras se divertindo.

Cada vez mais apaixonado por essa cidade que busca cultivar e preservar sua cultura, suas comidas, sua arte. 


quinta-feira, 10 de julho de 2014

XI Festival de Arte e Cultura Popular do Litoral Paranaense

O Festival de Arte e Cultura Popular do Litoral Paranaense acontece de 14 a 20 de julho, em Paranaguá. Realizado pela Faculdade Estadual de Filosofia, Ciências e Letras de Paranaguá (Fafipar) e Fundação Municipal de Cultura (Fumcul) de Paranaguá, em parceria com as Faculdades Integradas do Brasil (UniBrasil), Faculdade de Artes do Paraná (FAP), Escola de Músicas e Belas Artes do Paraná (EMBAP), Universidade Federal do Paraná (UFPR Litoral) e Prefeitura de Paranaguá, o evento chega à décima primeira edição e consolida-se como catalisador da riqueza cultural do litoral do Estado.

O Festival tem uma programação repleta de atividades que envolvem a comunidade em uma proposta de valorização da arte produzida no Estado. A programação completa do Festival pode ser consultada no site www.fafipar.br.

Estão abertas as inscrições para as oficinas. Com diversas opções de conteúdo, as aulas abordam o entalhe em madeira, desenho, artesanato em argila, cerâmica e cipó, violão, vídeo, caricatura, curtume, teatro de bonecos, canto, dança, entre outras atividades.

O diretor teatral e um dos organizadores do festival parnanguara, Alex Wolf, ministra a oficina "Vídeo do Minuto", que incentiva a produção de vídeos para participar do Festival do Minuto - o maior festival do gênero da América Latina.

Confira a programação completa no portal da FAFIPAR, clique aqui

Vem aí o II Fórum Municipal de Cultura de Paranaguá


A Prefeitura de Paranaguá, por meio da Fundação Municipal de Cultura ‘Nelson de Freitas Barbosa’ (Fumcul), realiza, nos dias 14, 15 e 16 de julho, o II Fórum Municipal de Cultura de Paranaguá, que tem o objetivo de avaliar propostas que contemplem diversas áreas culturais no Plano Municipal de Cultura, bem como eleger os membros da sociedade civil que comporão o Conselho Municipal de Cultura.

A abertura do evento será na segunda-feira (14), às 18hrs, no Teatro Rachel Costa, com o credenciamento dos participantes. Logo depois, palavra da presidente da Fumcul, Maria Angélica Lobo Leomil, e diretores da entidade sobre o papel do II Fórum. Às 19h30, a representante da regional sul do Ministério da Cultura, Eleonora Spinato, que fala do Plano Municipal de Cultura e do Sistema Nacional de Cultura.

O dia 15 reserva-se às reuniões por segmentos culturais, que acontecem na Escola Municipal Manoel Viana, a partir das 19hrs. Os Grupos de Trabalho (GTs) reúnem-se a partir das 20h para discutir os diagnósticos anteriores, os objetivos e as propostas de trabalho em cada área. São quatro grupos: Diversidade, descentralização, direitos e intercâmbio cultural; Economia da Cultura; Patrimônio cultural material, imaterial e arquitetura; Gestão Pública e Formação Cultural.

No dia 16, às 19h, no Teatro Rachel Costa, o fórum encerra-se com Plenária Final e eleição dos representantes para o Conselho Municipal de Cultura.

Inscrições

As inscrições para o II Fórum Municipal de Cultura são gratuitas e podem ser feitas no site da Fumcul, no endereço http://www.fumcul.com.br ou, ainda, presencialmente na sede da entidade (Casa Cecy, rua XV de Novembro, Centro Histórico).

Para ter acesso à Ficha de inscrição e ler o regimento completo do Fórum, acesse o link aqui. 

Informações do Portal da Prefeitura de Paranaguá: www.paranagua.pr.gov.br

terça-feira, 1 de julho de 2014

Exposição de Di Rodrigues fica até 12 de julho na Casa Monsenhor Celso

via Prefeitura de Paranaguá

Abriu de 26 de junho e continua até 12 de julho – a mostra ‘Entre Traços e Cores’, com mais de 30 obras de Diogo Rodrigues Alves, o Di Rodrigues, na Casa da Cultura Monsenhor Celso, no Centro Histórico. Aristas e autoridades participaram da abertura da Mostra, uma realização da Prefeitura de Paranaguá, por meio da Fundação Municipal de Cultura (Fumcul).


Dentre os trabalhos expostos, chama a atenção o senso crítico de Di Rodrigues e, também, suas homenagens à cidade, gesto intencional, segundo o autor, pois a mostra adentra a primeira quinzena do mês de aniversário de Paranaguá. Dentre as obras que destacam a beleza da cidade estão os desenhos aquarelados – em geral de paisagens de Paranaguá – e as gravuras que mostram em detalhe riquezas da arquitetura histórica do município.


Chama a atenção, logo na entrada da exposição, a obra que demonstra uma trilha pintada em vermelho com pés descalços e de bota. Segundo Di Rodrigues, a leitura da obra pode variar, mas pode mostrar um percurso histórico, sendo que os pés descalços remetem ao índio carijó, enquanto os pés usando bonitas remetem à industrialização e chamada modernização da sociedade.

Chama atenção, também, uma obra em que o artista deixou filetes bem finos de madeira ao sabor de uma colônia de cupins, que “trabalhou” sobre a maneira diversas formas.

Gestor da Casa da Cultura e curador da mostra, André Serafim comenta a sensibilidade de Di Rodrigues e sua capacidade de se expressar em diversos formatos. “Di Rodrigues é um artista completo, que se expressa bem seja nos desenhos, nas gravuras, nas fotografias, enfim, em vários formatos. Aproveito para convidar a todos a prestigiarem a exposição”, disse.

A presidente da Fundação Municipal de Cultura, Maria Angélica Lobo Leomil, participou do evento e também elogiou o trabalho não só de Di Rodrigues, mas de toda a classe artística do município.

Serviço 
Exposição ‘Entre traços e Cores’
Local: Casa da Cultura Monsenhor Celso.
Horário de Funcionamento: Terça a Sexta (8 às 18h). Sábados e domingos (9h às 13h). Não abre às segundas-feiras.